O microagulhamento, também chamada de terapia de indução de colágeno, é um procedimento indicado para o tratamento de cicatrizes, principalmente de acne, estrias, rugas, flacidez, envelhecimento, manchas, melasma e, até mesmo, calvície.
A técnica consiste em realizar microperfurações na pele com o auxílio de agulhas metálicas, mais finas que as usadas em injeções de insulina. Com as microperfurações, as camadas mais superficiais da pele são lesionadas, provocando uma inflamação controlada e, consequentemente, a ativação de células colágenas.
O propósito do microagulhamento é estimular o corpo a dar uma resposta de recuperação a essa inflamação, fazendo com que o organismo produza colágeno, elastina e outras fibras naturais, substâncias que são responsáveis pela firmeza e elasticidade da pele, proporcionando a sua revitalização.
O procedimento mais comum é minimamente invasivo, realizado com creme anestésico e um pequeno rolo que pode conter até 540 microagulhas. Entretanto, existem ainda procedimentos que podem ser realizados com canetas elétricas ou carimbos em vez do rolinho, assim como há técnicas que são cirúrgicas em que o paciente é anestesiado.
De um modo geral, o tratamento é simples e não muito caro. O paciente pode esperar resultados satisfatórios após uma pequena série de aplicações mensais da técnica menos invasiva. Já a técnica cirúrgica proporciona resultados perceptíveis após uma única sessão.
Existem relatos de que o princípio do microagulhamento teria sido originado na Antiguidade, quando médicos chineses passaram a espetar o rosto de seus pacientes para que pudessem extrair substâncias de seus organismos. Com o passar do tempo, os médicos começaram a perceber que a pele de seus pacientes estavam apresentando efeitos de rejuvenescimento.
Na França, durante os anos 1960, apareceram os primeiros achados de uma técnica então chamada de Nappage, que tinha como princípio administrar fármacos na pele por meio de pequenas incisões na derme, já com a finalidade de proporcionar rejuvenescimento facial.
Apesar desses episódios anteriores, há um consenso em concordar que a técnica do microagulhamento teve início na década de 1990. O marco de sua criação teria sido quando Orentreich, fazendo uso do termo “subcisão” (agulhamento dérmico), descreveu uma maneira de estimular a produção de colágeno para tratar rugas retraídas e cicatrizes cutâneas. Pelo fato da técnica envolver um certo tipo de lesão, ela ganhou o nome de TIC – Terapia de Indução de Colágeno, em inglês, CIT – Colagen Induction Therapy.
Ainda na mesma década, a nova técnica foi aceita e aderida pelo Congresso de Cirurgia Plástica e Reconstrutora em Madri, na Espanha e pelo Congresso Internacional de Cirurgia Plástica e Estética em Paris, na França.
Em 1997, o cirurgião plástico Camirand relatou incríveis resultados após ter utilizado agulhas de um pistola de tatuagem em duas pacientes. Ambas apresentavam cicatrizes no rosto, causadas por procedimentos cirúrgicos de facelifting. A ideia era criar tatuagens com pigmentos da cor da pele para camuflar as cicatrizes. No entanto, o que o cirurgião plástico acabou descobrindo foi que as lesões causadas pelas agulhas estimularam o surgimento de uma nova síntese de colágeno saudável.
Em meados dos anos 2000, finalmente foi criado o DermarrolerTM, um aparelho mais apropriado para o estímulo do colágeno. O cirurgião plástico Dermond Fernands desenvolveu o que é hoje um dos aparelhos mais conhecidos e utilizados em tratamentos de microagulhamento pelo mundo.
Referência: https://www.ccecursos.com.br/img/resumos/3-microagulhamento-e-suas-diversas- indica–es-para.pdf http://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/ 10001/2018/07/058_MICROAGULHAMENTO_A_TERAPIA_QUE_INDUZ_A_PRODU%C3 %87%C3%83O.pdf http://www.uniararas.br/revistacientifica/_documentos/art.10-031-2015.pdf